A Baixada perde, de uma só vez, o Búfalo e o Leão na elite do Futebol Maranhense 4z3z3m
Dois dos clubes mais tradicionais da região estão rebaixados para a Série B do Campeonato Maranhense de 2026 403n4g

A Baixada Maranhense sempre teve papel de destaque no futebol estadual, com uma história rica e clubes que carregam tradição, paixão popular e identidade regional. Durante anos, Esporte Clube Viana, São Bento Esporte Clube e Pinheiro Atlético Clube representaram com orgulho a região na elite do Campeonato Maranhense. Hoje, a realidade é dura: o Viana sobrevive com dificuldades, o São Bento está inativo há mais de uma década, e agora, em 2025, Leão e Búfalo amargam o rebaixamento para a Série B do Estadual de 2026. 6ik1i
O São Bento, o Tigre da Baixada, foi fundado em 1996, mas desapareceu dos gramados em 2012. Já o Viana, o Leão da Baixada, fundado em 1995, ou anos fora de atividade, mas voltou aos campos em 2024, graças a uma parceria com o Real Codó. Em seu auge, o clube disputou a Série C do Campeonato Brasileiro em 1998, após excelente campanha no Estadual daquele ano. Na ocasião, foi eliminado nas oitavas de final nos pênaltis pelo Potiguar-RN, após dois empates por 1 a 1. Naquele ano, terminou em 26º lugar na classificação geral da Série C.
Infelizmente, em 2025, o Viana teve sua pior participação no Campeonato Maranhense. Somou apenas três pontos em 14 jogos — uma solitária vitória sobre o Imperatriz — e selou seu retorno à divisão de o.
O Pinheiro Atlético Clube, o Búfalo da Baixada, tem uma trajetória marcada por glórias e superações. Fundado em 1989, participou do Estadual até 1993, com destaque para a terceira colocação em 1992. Após um longo hiato, retornou em 2016 à segunda divisão, sendo lanterna naquele ano. Em 2018, conquistou o título invicto e garantiu o o à elite. Desde então, manteve-se por sete temporadas consecutivas na Série A, com campanhas marcantes e presença constante na Copa FMF, chegando até disputar uma final.
Mas o ciclo se fechou em 2025. O PAC foi o último gigante da Baixada a deixar a elite. Apesar da luta em campo, o rebaixamento foi inevitável. Ainda assim, a despedida se deu com dignidade, com o time jogando com raça, apoiado por uma torcida apaixonada e um poder público municipal que nunca deixou de apoiar.
Falar do PAC é falar de sentimento. É lembrar que o Majestoso vai seguir ecoando gritos de apoio como “Vai, PAC!”, embalando gerações com amor pelas cores do clube. A história do Búfalo é bonita demais para acabar aqui. A queda faz parte do caminho. E se há algo certo no futebol é que a paixão, quando verdadeira, não se apaga: se reinventa. O Búfalo há de voltar. E, como uma fênix, ressurgirá.
A Baixada Maranhense é grande, vibrante, de um povo que respira futebol. A ausência de representantes da região na elite é reflexo de muitos fatores: desorganização crônica do futebol maranhense, falta de apoio institucional em nível estadual, e um campeonato esvaziado pela própria Federação Maranhense de Futebol (FMF), que segue oferecendo prejuízos como premiação.
Enquanto isso, os verdadeiros amantes do futebol seguem sonhando com dias melhores. Que Leão e Búfalo retornem logo — e juntos — para reocupar seu lugar de direito. A Baixada merece. O futebol maranhense precisa deles. E que, nessa selva chamada Campeonato Maranhense, onde cobras e lagartos muitas vezes se unem contra o progresso, os verdadeiros guerreiros da bola sigam firmes em sua missão de resistir, lutar e renascer.
Por João Filho – Jornalista, Radialista e Pesquisador