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Deputadas se calam diante de feminicídio brutal em Riachão-MA cometido por pastor 4d4s24

Mesmo após repudiarem supostas mensagens ofensivas a Mical Damasceno, parlamentares não se pronunciaram sobre assassinato de Gilsandra, morta com 30 facadas. 5n5ff

Mais de 24 horas após um crime bárbaro de feminicídio chocar o município de Riachão, no Maranhão, o silêncio de deputadas estaduais que atuam na defesa dos direitos das mulheres na Assembleia Legislativa do Maranhão vem causando indignação. A vítima, Gilsandra, foi assassinada com cerca de 30 facadas, supostamente pelo ex-marido, identificado como José Gilton Alves dos Santos, pastor de uma igreja local. 18273n

Entre as parlamentares que ainda não se manifestaram estão a presidente da Casa, Iracema Vale, e a Procuradora da Mulher, deputada Dra. Vivianne Martins. Ambas am, recentemente, uma nota conjunta de repúdio contra supostas mensagens envolvendo o vice-governador Felipe Camarão e o blogueiro Victor Landim, em que teria havido desrespeito à deputada Mical Damasceno.

Diante da gravidade do caso ocorrido em Riachão, chama atenção a ausência de qualquer manifestação pública das deputadas que, em outras ocasiões, demonstraram sensibilidade diante de episódios envolvendo ofensas e ataques a colegas parlamentares.

O silêncio institucional também repete o que já se observou em casos anteriores, como a denúncia de agressão contra uma mulher, supostamente praticada por um deputado estadual, em um condomínio de luxo na Grande Ilha. Na época, também não houve pronunciamentos ou notas oficiais.

É legítimo questionar se o engajamento das parlamentares na luta pelos direitos das mulheres está condicionado à posição política da vítima ou ao potencial de repercussão do caso. A Procuradoria da Mulher, presidida por Dra. Vivianne Martins, afirmou recentemente que atua para que todas as mulheres sejam respeitadas e possam exercer seus direitos com garantia e dignidade. No entanto, a morte de Gilsandra, brutal e covarde, parece não ter despertado a mesma atenção institucional.

O feminicídio de Gilsandra não pode ser apenas mais um número nas estatísticas. E é papel do Parlamento — especialmente de quem ocupa funções de defesa da mulher — erguer a voz contra toda forma de violência de gênero, independentemente da vítima ou do autor.

Se uma conversa de WhatsApp pode motivar uma nota oficial, o assassinato cruel de uma mulher inocente deveria, no mínimo, gerar o mesmo tipo de reação.

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João Filho 492z6h

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