Prefeitura de Alcântara leva ação da campanha Março Lilás para comunidades na zona rural

Com o objetivo de conscientizar a população feminina sobre a prevenção do câncer de colo do útero, um tumor maligno causado pelas infecções persistentes por alguns tipos do Papiloma Vírus Humano (HPV), já que infecção genital por esse vírus é muito frequente, a Prefeitura de Alcântara, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), realizou ação da campanha Março Lilás com palestras e coleta de exames em comunidades da zona rural do município.

Durante as ações a Semus realizou roda de conversas com as mulheres onde foi debatido temas importantes como prevenção do câncer do colo do útero. A Secretaria de Saúde ainda realizou coletas para exames preventivos, testes rápidos, vacinação, atendimento psicológico, com as psicólogas Diana Lopes – profissional que compõe a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) e Lilian Garcez – que faz parte da equipe do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).

A ação da campanha Março Lilás aconteceu em povoados estratégico como: São João de Cortes, Peptal, Cujupe, Oitiua, Raimundo Sú, Japeú, Iririzal e Goiabal. Centenas de mulheres participaram das ações e foram beneficiadas com os atendimentos levados pela gestão Nivaldo Araújo.

BRASIL CONTRA O CÂNCER

No Brasil, o câncer no colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, segundo o Ministério da Saúde (MS). O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou em 17.010 novos casos durante o ano de 2023.

Quando organismo não consegue eliminar o vírus, as alterações celulares tendem a se intensificar e, por fim, evoluir para o quadro de câncer de colo de útero, vulva ou vagina nas pessoas que têm útero. Os principais sintomas relacionados ao câncer de colo uterino são: sangramento vaginal irregular, corrimento com odor fétido e dor genital e/ou abdominal.

EXAME PREVENTIVO

O diagnóstico precoce de alterações decorrentes da infecção pelo HPV é feito por meio de um exame simples, o Papanicolau, que detecta tanto anormalidades que precedem a doença quanto o próprio câncer. Após a coleta de material para análise, também é possível diagnosticar algumas infecções vaginais causadas por micro-organismos diversos, como por exemplo tricomoníase, candidíase e gardnerella, entre outros.

O Papanicolau deve ser realizado primordialmente entre 25 e 64 anos, nas mulheres com vida sexual ativa. A rotina recomendada para o rastreamento é a repetição a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano.

A coleta pode ser realizada em qualquer período do ciclo menstrual, exceto quando a mulher estiver menstruada. As principais orientações antes do procedimento são: não fazer duchas vaginais, não usar medicamentos intravaginais e manter abstinência sexual nas 48 horas que antecedem o exame.

VAVINA CONTRA HPV

A melhor forma de prevenir contra as infecções provocadas pelo HPV é a vacinação precoce contra vírus, antes do início da vida sexual. A vacina precisa está disponível em toda rede pública de saúde para meninos e meninas dos 9 aos 14 anos. Homens e mulheres imunossuprimidos com até 45 anos também podem receber o imunizante, que protege contra quatro tipos do vírus: os 16 e 18, de alto risco para o desenvolvimento de cânceres, além dos tipos 6 e 11, causadores de verrugas genitais como o condiloma acuminado.

Vale ressaltar que a vacina não abrange todos os sorotipos de HPV, mas a imunização pode prevenir até 70% das ocorrências de câncer do colo uterino. Além disso, fazer a utilização dos métodos de barreira, ou seja, uso de preservativo interno e externo, é essencial para prevenir a transmissão do Papiloma Vírus Humano.

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